quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

A semana do Helder no Mazungue

A 1/2 Semanada do Dede! (vide Mazungue)
Estava a ver que nunca mais comecava esta Semana do Helder de Sousa ( Dede para mim). E eu tambem me atrasei pois gostava imenso de vos informar dessas datas que ele vai comemorar este ano. Mas temos tempo para comemoracoes.Agora vou saltar para as recordacoes!
Antes de mais peco desculpa se errar nas datas, pois apos 2 anestesias gerais a memoria comecou a enfraquecer. Mas ca estarao o Fernando e o Carlos Guerra para me acertar o passo.
Ja nao sei se em 73 ou 74 em Mocamedes, numa manha de 6ª feira(ou seria sabado?)o nosso bom amigo Renato Fraga vira-se para mim e diz:
- Oh Joaozinho vais ao porto com o Helder buscar dois Lotus e levam-nos para o armazem do Mabilio.
Claro que fiquei todo entusiasmado, e chegados la' ha' que procurar os carros e ai o Helder disse-me:
- Levas o meu que eu levo o do Larama (que tinha ficado a dormir...), mas olha que a embraiagem e' dura, e tem cuidado com as rotacoes ao arrancar para o carro nao ir abaixo.
Ok amigo, escusas de ficar descansado disse-lhe eu!

Devo aqui dizer que o local onde estavam os carros era uma mistura de alcatrao, arroz, acucar, feijao e ... oleo alimentar derramado no porto.Carregado no botao de arranque fiquei com a adrenalina a 100% com o trabalhar do motor.O Helder arrancou a frente e eu para o seguir de imediato devo ter dado rotacoes a mais ao motor, que o Lotus fez 1/2 piao e eu fiquei virado para tras!
La pus o carro a trabalhar de novo, arranquei no sentido em que estava a procura de melhores condicoes de aderencia e voltei para o caminho certo indo a procura do Dede que tinha entretanto parado a saida do porto a minha espera.
No trajecto ate ao Armazem do Bilinho (Mabilio de Albuquerque)deu para sentir nas costas o quao incortavel era o Lotus. Rente ao chao,mais parecia uma tabua com rodas, tipo «carro de sabao» de luxo.
Mas felizmente que o Helder o guiou sempre bem, nao me recordando para ja da sua classificacao nessa corrida de Mocamedes.
Claro que ao chegar ao armazem fui alvo da maior gozacao saudavel e' certo.
Que bons velhos tempos amigo Dede!
MAIS SEMPRE MAIS, sempre foi e sera o teu lema!
Saude para ti.
joao coimbra
PS Vao ao Mazungue que ha la mais...

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Tino-Pantera: imagem de um reencontro

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

A Grande Corrida Nova Iorque-Paris



Faz hoje cem anos, 250 mil pessoas concentraram-se na Times Square de Nova Iorque para verem seis automóveis partirem para uma corrida de 35 mil quilómetros até Paris, que nenhum dos concorrentes acreditava ser capaz de completar.
Nessa altura o automóvel não era considerado um meio de transporte fiável para grandes distâncias, muito menos no Inverno. Por exemplo o americano Thomas Flyer, que acabaria por ser declarado vencedor, não tinha capota, nem para-brisas, nem qualquer espécie de sistema de aquecimento. Um dos carros concorrentes, um Sizaire-Naudin francês, desistiu por avaria no primeiro dia de prova. Outro automóvel francês, um Motobloc, entregou a alma ao criador no Iowa. As neves no Utah imobilizaram durante dias outro caro francês, um De Dion, e no Wyoming o Zust italiano e o Protos alemão(que por ordem do Kaiser tinha sido construído por 600 operários especialmente para a prova).

Ao fim de 41 dias o Thomas Flyer estava em S. Francisco. Mas o seu primeiro condutor, o ás do volante da época Montague Roberts, tinha regressado a casa assim que chegaram ao Wyoming; quem o substituiu, foi só até ao Utah; o seguinte, fugiu em São Francisco. Walter Williams, o reporter do New York Times que deveria fazer a cobertura, também abandonou o trabalho nas tempestades de neve. Só o mecânico George Schuster, que não era suposto guiar e ao fim de cada dia reconstruia o carro, se manteria até ao fim e ao volante.

O Protos acabou por ser o primeiro automóvel a chegar a Paris, ao fim de 166 dias de peripécias. Peripécias essas que incluiram ter o carro sido metido num comboio do Wyoming para São Francisco e ter evitado a etapa no Japão — uma poupança de 5200 quilómetros que resultou numa penalização de 30 dias.
Schuster, que ao volante do Thomas Flyer entrou em Paris com 3 dias de atraso, acabaria por ser declarado vencedor. (Não lhe serviu de muito: o prémio de mil dólares do New York Times só lhe foi entregue 60 anos mais tarde e não corrigido quanto à inflação, e o patrão, dono da E.R. Thomas, fabricante do carro, recusou-se a pagar-lhe os 10 mil dólares em salários por seis meses de trabalho consecutivos ao volante).
A história desta prova de há cem anos passou ao cinema em 1965 como “A Grande Corrida”, filme agora relançado restaurado para comemorar a efeméride. Mas era pouco para assinalar tamanho feito...

E assim, às 9 da manhã do dia 30 de Maio, mais de duas dezenas de veículos partirão da Times Square para uma nova aventura que em 65 dias os levará até Paris.
Os veículos serão didividos em classes. Primeiro, a “Classe Schuster”, para carros com mais de 25 anos, estando já inscritos, entre outros, um Thomas Flyer de 1904, um Nyberg Indy Race de 1910 e um Jorden J-1 Flyer de 1927. Depois a “Classe Inovação”, para veículos com novas tecnologias e combustíveis alternativos renováveis, onde se verá um Aston Martin DB-6 Vantage de 1967 a etanol-85, um Ford protótipo do ano passado e uma motocicleta Buell Ulysses; ainda dentro desta classe, haverá uma competição de consumo para veículos híbridos.
Os concorrentes percorrerão por estrada 20 mil quilõmetros, que os levarão de Nova Iorque a Vancouver, donde serão aerotransportados para Xangai, atravessando depois a a China, Cazaquistão e Rússia para chegarem a Moscovo a 20 de Julho, seguindo pela Letónia, Lituânia, Polónia, Alemanha, República Checa, Suiça e França até Paris. (A aventura poderá ser seguida em http://www.greatrace.com/).

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