terça-feira, 6 de julho de 2021

Tapiro, um protótipo com uma estória conturbada


Em 1970, Giorgetto Giugiaro desenhou um concept car totalmente funcional e completamente industrializável para produção em massa, sobre a base mecânica de um VW-Porsche 914-6 de 1969, mas com um motor 2400cc do último 911S.
Para além da tomada de ar no topo do pára-brisas, que se tornou comum apenas nos GT1s dos meados dos anos 1990s, o carro apresentava muitas outras inovações, apesar de evidenciar formas já conhecidas dos trabalhos anteriores de Giugiaro, nomeadamente do De Tomaso Mangusta.

O protótipo inicia apresentação mundial no salão de Turim de 1970. E há 50 anos, em 1971, faz o périplo pelos salões dos EUA, lugar que vai marcar o destino deste carro.
Giugiaro e a sua Italdesign ainda não tinham o estatuto nem a fortuna de Bertone, atelier onde havia criado o Giulia Sprint GT, entre outros. Giugiaro, ainda não tinha criado o VW Golf que lhe traria a desejada fortuna. E precisava vender as suas obras-primas a felizardos milionários, para pagar as suas próximas criações. E assim, em 1972, vende o seu Tapiro a um industrial espanhol radicado nos EUA, que o usa com frequência. Porém, o carro acaba queimado por uma causa dramática mas nunca verdadeiramente conhecida.
Muitos anos depois, Giugiaro adquire os restos do Tapiro e expõe-no como uma escultura, sobre o relvado da sua Italdesign.

Mais: italdesign

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