Creio que foi há 4 anos, na tertúlia sobre a Temporada Angolana de Automobilismo de 1974. Estava uma senhora idosa, que ficou entusiasmadíssima por falar de Angola, recordar Angola, recordar quase toda a sua vida e o local onde fora imensamente feliz. Parecia uma menina pequenina a contar-me aquilo tudo, com imensa saudade.
Mais tarde, já não se recordava de mim. A doença tomou-a, implacável.
Agora, partiu. Estará certamente a voar sobre o seu Huambo a abençoar meninos "pretinhos".
Um abraço enorme, aos que ficam e que sofrem. Um abraço, Armando.
6 comentários:
Nesta hora, mandar um abraço sentido a toda a família, porque as palavras... não saem.
Para o meu grande amigo Lacerda, nesta hora de dor e sofrimento, envio daqui um grande abraço de solidariedade e amizade.
Caro Armando: a sua grande companheira de longos anos partiu. Mas fica para toda a sua bela família que os 2 tão bem criaram, um legado inigualável de educação, respeito pelo próximo e humildade. Estes bons costumes ficarão para sempre com todos vós e serão passados de geração em geração pelos filhos, netos, bisnetos. E que tão bem ela passou esses sentimentos.
Um abraço do tamanho do mundo.
Amigo Armando, A luz da vida fica para sempre. Um grande abraço para si e para toda a sua família.
E quando lhe apetecer, cá o esperamos com os seus excelentes textos e comentários, aqui e no AS. A.C./mits650
Fico sempre sem saber o que dizer nestas circunstâncias. Se calhar nem há muito que se possa dizer. É demasiado duro para que as palavras funcionem.
Um grande e sentido abraço de condolências, do Ricardo
Fernando, do mais fundo do meu coração lhe agradeço esta homenagem tão bonita e que tanto me comoveu.
Das poucas vezes e no pouco tempo que com Ela privou, o Fernando soube compreende-la tão bem.
Adorava conversar e quando apanhava alguém falava, falava tanto que eu, a brincar, costumava dizer-lhe que era “uma conversadora compulsiva”.
Obrigado Fernando, obrigado Tasqueiro, Orelinhas, Ac e Ricardo pelo vosso apoio neste momento que é o mais difícil nestes quase oitenta anos de vida.
Cada dia que passa, sinto mais a falta da minha querida Companheira de cinquenta e sete anos e que, com a sua frágil figurinha, me deu sempre tanta força para enfrentar todas as dificuldades.
Se alguma coisa pude realizar, ao longo da vida, a Ela o devo que, apesar de desejar estar sempre ao meu lado, aceitou conformada as minhas ausências e entusiasmava-me nas coisas em que me metia.
Quando uma noite, alta madrugada, fomos acordados pelas batidas na porta das forças “desunificadas” angolanas para fazerem uma busca a fim de verificarem se tínhamos armas em casa, impediu-me de ir abrir a porta e foi ela que os enfrentou.
Quando a situação em Angola se degradou e eu quis mandá-la para Portugal antes de mim, recusou terminantemente faze-lo se eu não viesse também.
Nunca, nunca me abandonou. Como lhe deve ter custado ver-se agora obrigada a faze-lo.
Estou para aqui a alinhavar palavras sem sentido porque me sinto impotente para transmitir tudo o que me vai na alma.
Peço-vos desculpa de não vos saber transmitir mais nada que não seja uma grande gratidão pelo vosso apoio de quem vou precisar mais que nunca.
Fez todo sentido Armando!
Nós é que agradecemos a sua amizade.
Um forte abraço,
Fernando
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