quarta-feira, 30 de maio de 2007
os autódromos mudarão a face da terra?
Larama em despiste após um toque
imagem / título: Artur Ferreira / Hélder de Sousa; "motor" / "motor 72"
1972 foi o ano dos autódromos.
A revista angolana "Notícia", deu ao assunto um título esclarecedor:
"A GUERRA DOS AUTÓDROMOS".
Precisamente uma semana antes da inauguração prevista (com todas as honras) do autódromo de Luanda, foi inaugurado em Benguela o Autódromo de S. Filipe, numa manifestação pouco mais que privada.
Porque foi assim?
Existem muitas explicações mas pouco claras.
Os factos são estes: a capital de Moçambique, concluiu o seu circuito (uma derivação do anterior) em Agosto de 1971. Estoril, Luanda e Benguela, já tinham os seus traçados em adiantada construção.
Depois, foi a corrida às inaugurações.
Benguela, 21 de Maio de 1972. Imagem: TukuTuku
sábado, 26 de maio de 2007
sexta-feira, 25 de maio de 2007
sexta-feira, 18 de maio de 2007
O 1º pódio oficial há 35 anos
35º aniversário do Autódromo de Luanda
No próximo dia 26 os Antigos Automobilistas Desportivos de Angola vão festejar o 35º aniversário da inauguração do autódromo de Luanda.
A reunião, com almoço, realiza-se no kartódromo KIRO - Bombarral e juntará uma vez mais a grande família dos antigos aceleras de Angola.
Na foto, parte do grupo que se reuniu em 2006.
A reunião, com almoço, realiza-se no kartódromo KIRO - Bombarral e juntará uma vez mais a grande família dos antigos aceleras de Angola.
Na foto, parte do grupo que se reuniu em 2006.
terça-feira, 15 de maio de 2007
terça-feira, 8 de maio de 2007
domingo, 6 de maio de 2007
quinta-feira, 3 de maio de 2007
Relembrando
Em Fevereiro de 2002 escrevi este texto para um site brasileiro com quem sempre mantive colaboração, o www.motorcar.com.br.
Achei interessante publicá-lo aqui, conservando as expressões adequadas aos leitores brasileiros.
Da minha janela (ou de qualquer outro lugar)
O problema da questão ambiental existe. Quer queiramos ou não. Está mais que visto. Só não vê quem não quer. E há mais quem não queira do que os que vêm. Se não tomarmos providências agora, serão os nossos filhos e netos a sofrerem o resultado da nossa imprevidência. A conscientização dos cidadãos do mundo é uma lacuna que os governos tardam a pegar com ambas as mãos. Servem-se dela para angariar votos na hora das eleições para, depois, mandarem tudo para o arquivo dos assuntos pendentes e só pensarem quanto vão sacar durante o mandato e com quanto vão ficar na hora da aposentadoria. É confrangedor. Nós, cidadãos pagantes, sabemos quanto isso nos custa. Os fabricantes de automóveis também sabem. Até porque eles são apontados como os maiores poluidores do planeta. Com efeito, o automóvel, esse grande transformador da paisagem – estradas, pontes, viadutos, túneis – dá grande contributo para o efeito de estufa com a emissão de gases tóxicos. Mas, mais do que a indústria do tabaco, de há uma década de anos para cá, pegou com seriedade a peregrinação em busca do graal da pureza ambiental. Começou por aplicar catalisadores no escapamento dos motores. Pouca coisa mas um grande passo na direcção da redução da emissão do monóxido de carbono. Simultaneamente, acertou os motores para o uso de combustíveis sem chumbo. Mas, tal como universalizar o enroscamento de um parafuso para o lado direito, assim o problema dos catalisadores ficou dependente da boa vontade dos Estados em colocarem à venda combustíveis isentos de chumbo. Ainda existem no mundo imensos países que são obrigados a vender combustível pobre e poluente por causa da sua indústria automóvel atrasada. México é um desses. Outros, por razões puramente políticas, insistem em programas desajustados á realidade. As pressões dos movimentos ambientalistas mas também a necessidade de se mostrarem dentro da moda, levou governos a adoptarem medidas radicais anti-poluição. O caso mais paradigmático é o do estado da Califórnia, nos Estados Unidos da América. Aí, quer-se poluição zero já. Dogmática medida, por um lado, porque todos sabemos que os Estados Unidos são o maior poluidor do planeta e até nem quiseram comprometer-se com o protocolo de Kioto. Mas fica bem mostrar alguns carros oficiais das prefeituras movidos a electricidade. Caríssimos esses carros e com pouca autonomia. Os particulares não pegaram a ideia. Ninguém está disposto a andar uns quantos quilómetros para ter que parar a carregar as baterias. E, isso, a um custo duas vezes superior ao de um carro comum. Mesmo assim, por questões de marketing político, todas as grandes marcas estão desenvolvendo estudos e experiências de energias alternativas. Seria o ideal. Poluição zero, mas custos elevados e pouca praticabilidade de utilização. Passa-se, então ao plano B - híbridosl. Um motor tradicional, de combustão interna, carrega baterias de um motor eléctrico. O carro usa as duas energias, sendo certo que, a electricidade, ele não faz mais do que 150 km. Assim não dá. Ninguém vai pegar nesse produto. As cidades ainda não estão apetrechadas com pontos de carregamento eléctrico. Nem estarão tão cedo. Então, vamos para células de combustível - motores a hidrogénio. É bonito ficar-se sabendo que o hidrogénio não polui coisa nenhuma. Há ainda imensos problemas técnicos a resolver. Só lá para 2007 poderemos ver carros com células de hidrogénio disponíveis para...testes. Voltamos então ao plano A. Híbridos: motor de gasolina acoplado a motor eléctrico. Problema: o peso das baterias e sua capacidade. Mais fácil e, mais barato, é mesmo ir melhorando as capacidades do bom velho motor de combustão interna, a gasolina ou a diesel. Injecções directas, “common rail”, bombas de alta pressão para os injectores, catalisadores mais sofisticados, filtros de partículas, computadores comandando tudo. Donde, da minha janela, prevejo que vamos continuar a ter carros cada vez melhores, cada vez mais seguros, cada vez mais aliciantes movidos por motores de combustão interna, a gasolina ou a diesel, cada vez mais económicos, com emissões cada vez mais reduzidas, enquanto houver petróleo nos poços do mundo. Quase jurava que os senhores do petróleo deste mundo, a última coisa de que querem ouvir falar é de electricidades, hidrogénios, células de combustível e outros devaneios para “inglês ver”. Por enquanto. Fiquemos então todos calmos, sentados, tomando o chopinho das cinco que, esses estranhos carros só vão circular em massa quando nossos netinhos puderem avisar seus filhos de que uma nova era automobilística está para começar. E, se o buraco do ozono na atmosfera alargar e começar a causar danos irreparáveis na paisagem do mundo, tudo não será mais do que fruto do azar. Foram os outros que não fizeram nada. Nós, que, nessa altura já não estaremos por cá, bem que tentámos. Não é?
hs
O problema da questão ambiental existe. Quer queiramos ou não. Está mais que visto. Só não vê quem não quer. E há mais quem não queira do que os que vêm. Se não tomarmos providências agora, serão os nossos filhos e netos a sofrerem o resultado da nossa imprevidência. A conscientização dos cidadãos do mundo é uma lacuna que os governos tardam a pegar com ambas as mãos. Servem-se dela para angariar votos na hora das eleições para, depois, mandarem tudo para o arquivo dos assuntos pendentes e só pensarem quanto vão sacar durante o mandato e com quanto vão ficar na hora da aposentadoria. É confrangedor. Nós, cidadãos pagantes, sabemos quanto isso nos custa. Os fabricantes de automóveis também sabem. Até porque eles são apontados como os maiores poluidores do planeta. Com efeito, o automóvel, esse grande transformador da paisagem – estradas, pontes, viadutos, túneis – dá grande contributo para o efeito de estufa com a emissão de gases tóxicos. Mas, mais do que a indústria do tabaco, de há uma década de anos para cá, pegou com seriedade a peregrinação em busca do graal da pureza ambiental. Começou por aplicar catalisadores no escapamento dos motores. Pouca coisa mas um grande passo na direcção da redução da emissão do monóxido de carbono. Simultaneamente, acertou os motores para o uso de combustíveis sem chumbo. Mas, tal como universalizar o enroscamento de um parafuso para o lado direito, assim o problema dos catalisadores ficou dependente da boa vontade dos Estados em colocarem à venda combustíveis isentos de chumbo. Ainda existem no mundo imensos países que são obrigados a vender combustível pobre e poluente por causa da sua indústria automóvel atrasada. México é um desses. Outros, por razões puramente políticas, insistem em programas desajustados á realidade. As pressões dos movimentos ambientalistas mas também a necessidade de se mostrarem dentro da moda, levou governos a adoptarem medidas radicais anti-poluição. O caso mais paradigmático é o do estado da Califórnia, nos Estados Unidos da América. Aí, quer-se poluição zero já. Dogmática medida, por um lado, porque todos sabemos que os Estados Unidos são o maior poluidor do planeta e até nem quiseram comprometer-se com o protocolo de Kioto. Mas fica bem mostrar alguns carros oficiais das prefeituras movidos a electricidade. Caríssimos esses carros e com pouca autonomia. Os particulares não pegaram a ideia. Ninguém está disposto a andar uns quantos quilómetros para ter que parar a carregar as baterias. E, isso, a um custo duas vezes superior ao de um carro comum. Mesmo assim, por questões de marketing político, todas as grandes marcas estão desenvolvendo estudos e experiências de energias alternativas. Seria o ideal. Poluição zero, mas custos elevados e pouca praticabilidade de utilização. Passa-se, então ao plano B - híbridosl. Um motor tradicional, de combustão interna, carrega baterias de um motor eléctrico. O carro usa as duas energias, sendo certo que, a electricidade, ele não faz mais do que 150 km. Assim não dá. Ninguém vai pegar nesse produto. As cidades ainda não estão apetrechadas com pontos de carregamento eléctrico. Nem estarão tão cedo. Então, vamos para células de combustível - motores a hidrogénio. É bonito ficar-se sabendo que o hidrogénio não polui coisa nenhuma. Há ainda imensos problemas técnicos a resolver. Só lá para 2007 poderemos ver carros com células de hidrogénio disponíveis para...testes. Voltamos então ao plano A. Híbridos: motor de gasolina acoplado a motor eléctrico. Problema: o peso das baterias e sua capacidade. Mais fácil e, mais barato, é mesmo ir melhorando as capacidades do bom velho motor de combustão interna, a gasolina ou a diesel. Injecções directas, “common rail”, bombas de alta pressão para os injectores, catalisadores mais sofisticados, filtros de partículas, computadores comandando tudo. Donde, da minha janela, prevejo que vamos continuar a ter carros cada vez melhores, cada vez mais seguros, cada vez mais aliciantes movidos por motores de combustão interna, a gasolina ou a diesel, cada vez mais económicos, com emissões cada vez mais reduzidas, enquanto houver petróleo nos poços do mundo. Quase jurava que os senhores do petróleo deste mundo, a última coisa de que querem ouvir falar é de electricidades, hidrogénios, células de combustível e outros devaneios para “inglês ver”. Por enquanto. Fiquemos então todos calmos, sentados, tomando o chopinho das cinco que, esses estranhos carros só vão circular em massa quando nossos netinhos puderem avisar seus filhos de que uma nova era automobilística está para começar. E, se o buraco do ozono na atmosfera alargar e começar a causar danos irreparáveis na paisagem do mundo, tudo não será mais do que fruto do azar. Foram os outros que não fizeram nada. Nós, que, nessa altura já não estaremos por cá, bem que tentámos. Não é?
hs
terça-feira, 1 de maio de 2007
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